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  Fortificações Fortificações de Costa 
 Fernão 
        Mendes Pinto descreve, na sua "Peregrinação", 
        o episódio em que, acabado de embarcar em Lisboa, numa caravela 
        de Alfama "que ia com cavalos e fato de um fidalgo para Setúbal", 
        um corsário atacou o navio: Fernão 
        Mendes conta, depois, que o ataque bem sucedido desse corsário 
        a um outro navio português, carregado de escravos e açucar, 
        que se lhe cruzou no caminho acabaria por alterar os planos e libertar 
        o aventureiro português e outros companheiros nas praias alentejanas. 
 
 Em 1587, o famoso corsário inglês Francis Drake ataca Sagres. Portugal encontrava-se sob domínio espanhol. "Em 19 de Abril de 1587, o corsário investiu o porto de Cádis de surpresa, capturou vários navios carregados de valiosas mercadorias e incendiou os restantes. Terminada a operação, dirigiu-se para o Cabo S. Vicente a fim de interceptar a navegação que circulava com pavilhão espanhol. Seguidamente, desferiu um ataque contra Lagos com uma coluna de mil homens. Perante a resistência dos seus defensores, alterou o plano e avançou sobre a Fortaleza de Sagres que ocupou facilmente. No mosteiro do Cabo S. Vicente, segundo o relato de Horozco, foram cometidos os habituais estragos e actos sacrlílegos que pontuavam invariavelmente os assaltos dos piratas e corsários ingleses. A partir de Sagres, onde permaneceram três ou quatro dias, os barcos de Drake afundaram quarenta e sete navios mercantes de pequeno porte e mais de meia centena de barcos de pesca. Rumaram seguidamente para norte". ( Luís R. Guerreiro, in O grande livro da pirataria e do corso, Lisboa, 1996). 
 
 Destinadas 
        à protecção do comércio e das povoações 
        ribeirinhas, ao longo da costa Sudoeste e Vicentina foram sendo instaladas 
        fortificações, das quais as de Vila Nova de Mil Fontes, 
        Porto Covo, Ilha do Pessegueiro e Carrapateira foram as mais importantes. 
        O forte de Arrifana, no concelho de Aljezur, destinava-se, principalmente, 
        à defesa da armação de pesca local, enquanto na Torre 
        de Aspa (Vila do Bispo) a edificação era simplesmente de 
        vigia e alerta. Propomos revisitá-las. 
 Links: Créditos: -João António Serranito Nunes, "Fortificações da Costa Sudoeste (Sécs. XVI-XIX)", Setúbal Arquológica, Vols. 11-12, 1997, pp 301-313 - Artur Vieira de Jesus, "O Corso e a Pirataria Muçulmana nas Costas de Sagres, Lagos e Aljezur", no âmbito do Seminário de História da Expansão do Curso de História da Universidade Autónoma de Lisboa - Luís R. Guerreiro, O grande livro da pirataria e do corso, Lisboa, Cículo de Leitores, 1996 -Fernão Mendes Pinto, Peregrinação,Vol 1, Relógio D'Água, 2001 
 
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